noticia da libertadores

25/04/2011 18:53

Vale lembrar que as observações são baseadas em pequena amostragem de jogos observados – é impossível assistir a todas as partidas de futebol do mundo – acrescidas de pesquisas em sites, jornais e blogs locais. Sintam-se à vontade para, nos comentários, agregar informações ignoradas por mim, contribuindo para um debate em alto nível de acordo com as diretrizes da interatividade no Tabuleiro

A ordem das análises obedece à tabela desta semana: Grêmio joga na terça, Santos e Cruzeiro na quarta, Inter e Fluminense na quinta.

Grêmio x Universidad Católica

A equipe chilena tem por hábito recente se utilizar de pelo menos quatro variações táticas. Embora o 4-4-2 desdobrado em 4-2-2-2 seja o sistema preferencial, o técnico Juan Antônio Pizzi também aposta no 4-4-2 em losango (ou 4-3-1-2), no 4-5-1 com três meias ofensivos (4-2-3-1) e nos três zagueiros (3-5-2 desdobrado em 3-4-1-2).

A tendência é espelhar o sistema adversário – o que leva a se projetar um losango chileno contra o 4-4-2 do Grêmio nesta terça, em Porto Alegre. Mas as ideias de Pizzi são um mistério. Além de mudar a disposição tática a cada jogo, ele também modifica a escalação constantemente, sem manter um ‘onze inicial’ básico, e levando jogadores a cumprir diversas funções. O atacante argentino Pratto é o protagonista.

Mirosevic, craque do time, ídolo da torcida desde 1998 e capitão de La Catolica, está voltando de lesão e pode ser utilizado no meio-campo.

Santos x América

Os mexicanos, que enfrentaram o Fluminense do mesmo Muricy Ramalho na primeira fase, também possuem variações táticas. Mas em menor escala, e sempre mantendo um time-base. Preferencialmente, o técnico Carlos Reinoso investe no 4-4-2 em losango (ou 4-3-1-2), mas pode passar para o 4-2-3-1 recuando Sánchez, ou substituindo um dos atacantes – Sánchez ou Vuoso – pelo meia-ofensivo Reyna.

O tripé de volantes, com Rosinei, Pardo e Olivera é o diferencial da equipe. Os três são ao mesmo tempo combativos e qualificam a saída de bola com bons passes. Sem a posse, recuam e compactam-se à frente da linha defensiva, formando um paredão de sete jogadores.

Cruzeiro x Once Caldas

Os colombianos treinados por Juan Carlos Osorio também gostam de variar o sistema tático. Independentemente da distribuição inicial dos jogadores, entretanto, o Once Caldas demonstra clara tendência à preservação de três jogadores na base defensiva.

A equipe já se utilizou nesta Libertadores do 3-6-1 desdobrado em 3-4-2-1, e do 4-5-1 desdobrado em 4-2-3-1, com uma compensação para ‘transformar’ o lateral-direito em zagueiro, mantendo a sobra. A grande força do Once Caldas está no trio ofensivo formado por Carbonero, Dayro Moreno e Rentería – responsáveis pelos rápidos contra-ataques.

Fluminense x Libertad

Os paraguaios, do técnico Gregório Perez, atuam no 4-4-2 em duas linhas, sistema tradicional do Libertad há algumas temporadas. A equipe, entretanto, perdeu a força recente, amparando a boa campanha – chegou a ser a melhor entre todos os participantes nas primeiras rodadas – graças à disparidade técnica da chave.

Destacam-se no Libertad o volante-apoiador Aquino, e o movimento tático que leva o winger Rojas ao centro, e o atacante Gamarra à ponta-direita, abrindo espaços ocupados pelo oportunista centroavante Pavlovich. A defesa atua com linha alta e cobertura dos zagueiros nas laterais, obrigando um volante a aprofundar o posicionamento na sobra central.

Inter x Peñarol

Treinado por Diego Aguirre – ex-jogador do Inter – o Peñarol aplica ao 4-5-1 em duas linhas com um enganche à frente (ou 4-4-1-1) o contra-ataque como estratégia prioritária. Compacto na defesa, fechado e agrupado em seu campo a partir da intermediária, o time uruguaio mostra-se exímio nas rápidas transições ofensivas.

Boa parte desta estratégia deve-se à qualidade do jovem winger Mier, principal jogador do Peñarol nos contra-ataques. Pela esquerda, é Mier quem recebe os lançamentos, à procura do centroavante Olivera na área. Corujo e Martinuccio também avançam. Destaca-se, ainda, o aguerrimento típico dos volantes do Peñarol com Freitas e Aguiar protegendo com qualidade a defesa.